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Codescobridor do HIV ressalta eficácia da prevenção

(Rio de Janeiro, brpress) - Notícia de que uso de retrovirais por parceiros saudáveis de soropositivos diminui em 96% risco de contaminação voltou atenções para pelestra do pesquisador Willy Rozenbaum.

(Rio de Janeiro, brpress) – Em visita ao Brasil e durante conferência realizada na última terça (24/05), no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o codescobridor do HIV e atual presidente do Conselho Nacional de Aids da França, Willy Rozenbaum, falou da história da descoberta do vírus, recordou os principais passos que levaram à identificação do retrovírus e abordou avanços, descobertas e os grandes desafios ainda representados pela doença.

A prevenção foi assunto-chave. Uma das formas de prevenção, apresentada esse mês por pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde, dos Estados Unidos, é o uso de retrovirais por parceiros saudáveis. Estudos recentes mostraram que essa terapia reduz em 96% o risco de transmissão do vírus da Aids. O teste foi realizado com 17 mil casais em todo o mundo e, em todos os casos, apenas uma das pessoas do casal estava contaminada.Virando o jogo

O estudo mostrou que, se o parceiro não infectado estiver fazendo uso de retrovirais, há uma queda drástica na transmissão do HIV. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o resultado significa um avanço na luta contra a Aids. “Essa descoberta vai virar o jogo e acelerar a revolução pela prevenção”, ressalta o diretor do programa de Aids na ONU (Unaids), Michel Sidibe. De acordo com a OMS, a transmissão sexual representa 80% de todas as novas infecções pelo HIV.

Embora o uso dos retrovirais para evitar a transmissão da Aids já tivessem em estudo há algum tempo, os pesquisadores afirmam que essa é a primeira vez em que houve comprovação por testes clínicos. Willy Rozenbaum afirmou, no entanto, que apesar da queda acentuada de mortes e de infecções associadas à doença, muito relacionada aos avanços no tratamento, o número de casos continua aumentando.

“Hoje são 30 milhões de pessoas vivendo com o HIV e, neste ritmo, em 2030 serão 60 milhões. Talvez a explicação para isso seja a grande parcela da população que tem o vírus, mas não sabe”, avalia.

Vacina ainda longe

“Ainda não estamos próximos de uma vacina, mas temos apresentado avanços no estudo de microbicidas, tratamentos de pré e pós-exposição, e estratégias de prevenção da transmissão vertical”, informou. Para Rozenbaum, o importante é entender que só o preservativo não basta – é preciso combinar diversas estratégias de prevenção, controle e tratamento da doença.

“Lidar com a questão do preconceito, que ainda é grande, e transformar as inovações em alternativas de tratamento e prevenção disponíveis a toda a população também são questões fundamentais para os próximos anos”, acredita o francês.

(*) Com informações da Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz.

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